A incidência de câncer no mundo deve
aumentar 57% em 20 anos, chegando a 22 milhões de novos casos ao ano,
aponta relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado na
segunda-feira (3). No período, o total de mortes pela doença deve ter
expansão semelhante, saltando dos atuais 8,2 milhões por ano para 13
milhões anuais.
De acordo com Amândio Soares, médico
oncologista da Oncomed BH, apesar do aumento alartamente dos casos, o
índice de cura também tem aumentado substancialmente.
— Há 50 anos, o índice de mortalidade
era de 70%. Hoje, mais de 50% dos doentes conseguem se curar. E esse
número poderia ser reduzido ainda mais se houvesse alterações em alguns
hábitos de vida, como o fumo, sedentarismo e alimentação não saudável.
Soares destaca a importância do diagnóstico precoce:
— É mais do que necessário um
diagnóstico ser feito cedo a fim de complementar os tratamentos
melhorados e atender o alarmante aumento da carga do câncer em nível
global.
Também chamado de neoplasia maligna, o
câncer é o nome de um grupo de mais de 100 diferentes doenças. São
células anormais que se dividem e proliferam de maneira desorganizada e
descontrolada, adquirindo a capacidade de invadir outras células,
tecidos e órgãos.
No Brasil, o Inca (Instituto Nacional do
Câncer) estima cerca de 580 mil casos novos da doença em 2014. Os tipos
de câncer mais comuns serão: pele não melanoma (182 mil), próstata (69
mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago
(20 mil).
Câncer de mama
Em mulheres, o câncer de mama
correspondendo a cerca 30% das ocorrências. Entre janeiro de 2011 e maio
de 2013, foi o tipo da doença que gerou mais procura pelo tratamento na
ala especializada em oncologia do Hospital Paulistano, em São Paulo.
Levantamento da instituição aponta que
16,8% dos pacientes atendidos neste período foram mulheres com neoplasia
mamária e quase 1/4 delas já apresentavam metástase, ou seja, doença em
outros órgãos.
De acordo com a oncologista do Hospital
Paulistano, Mariana Laloni, a mamografia é um exame de rastreamento que
detecta lesões e deve fazer parte da rotina feminina.
— Quanto antes a lesão for encontrada, maior a chance de sucesso no tratamento para recuperação.
As pacientes de alto risco, que possuem
histórico familiar, devem começar a fazer a mamografia entre 30 e 35
anos, as demais podem começar a monitorar a partir dos 40.
— Em ambas as situações o exame deve ser realizado anualmente.
Com informações do R7, com Agência Brasil
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