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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

NA POSSE, JACKSON DÁ A MÃO A0S ADVERSARIOS EM BUSCA DA UNIDADE POR UM SERGIPE MELHOR

Usando as gravatas do ex-governador Marcelo Déda (PT), o governador Jackson Barreto (PMDB) e o vice-governador Belivaldo Chagas (PSB) tomaram posse na manha desta quinta-feira (01-01-2015) na Assembleia Legislativa, em solenidade presidida pela deputada Angélica Guimarães, presidente da Casa.

O deputado estadual Adelson Barreto (PTB), primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembléia, leu o termo de posse, assinada pelo governador e pelo vice, iniciando assim, oficialmente, uma nova administração por mais quatro anos.

As declarações da deputada Angélica Guimarães (PSC), oficializando a posse de Jackson e de Belivaldo, fizeram com que todo o plenário e galerias aplaudissem de forma entusiasmada Jackson Barreto ficou emocionou e sorriu para o público, com acenos e palmas. 

Unidade – Jackson Barreto fez um discurso de chamamento à unidade ao declarar que pretendia fazer da sua posse “um ato de estender a mão, independente de quem tenha votado e a todos os políticos que participaram das eleições  nas hostes adversárias”. Também aproveitou o momento para dizer ao “meu povo, muito obrigado”.

Jackson Barreto também desarmou “os espíritos” e fez um agradecimento público ao governador Antônio Carlos Valadares, que “me acompanhou durante toda a campanha”. Jackson também homenageou Milton Coelho que participou da luta contra a revolução e ficou cego.

Não esqueceu de velhos companheiros como Marcélio Bomfim e também fez homenagens a José Carlos Teixeira, um dos fundadores do MDB em Sergipe. Não esqueceu o aliado eterno Rosalvo Alexandre, que ao ser citado foi às lágrimas. 

Lágrimas – Jackson Barreto também não poupou lágrimas. Primeiro, ao falar da mãe, professora Neuzice Barreto, e de sua trajetória quando menino, aos 13 anos, chegou com seus pais em Aracaju. Lembrou os irmãos e não deixou de citar nomes como o de Tancredo Neves e Ulisses Guimarães, que fizeram parte de sua vida política. 

Jackson Barreto fez uma homenagem ao ex-governador Marcelo Déda, a quem considerou um “visionário à frente do seu tempo”, mencionou a dedicação da ex-primeira dama Eliane Aquino, viúva de Déda, lembrou da sua trajetória política, citando nominalmente cada um que, em Sergipe, esteve à frente do MDB na luta contra a ditadura e se apresentou como um “governador filho de bodegueiro e de uma professora”.

Jackson fez duras críticas ao regime militar, classificando-o como “ásperos tempos” que marcaram “a ferro a memória de nossa geração, que não deixou amordaçar o país” e finalizou o discurso fazendo uma espécie de prestação de contas dos serviços que foram realizados no Estado durante a gestão de Marcelo Déda, encerrada prematuramente em 2013 em decorrência da morte do então governador.

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