Na tragédia, 12 crianças e adolescentes morreram e outras 11 permanecem internadas, quatro em estado muito grave. A madrugada foi de tristeza.
imprimir Na manhã desta sexta-feira (8), na porta da Escola Tasso da Silveira, a rua está com uma calma aparente. Não aparentava ter sido cenário de uma tragédia que matou 12 crianças e adolescentes e deixou outras feridas. Uma senhora contou que passou a noite abraçada ao neto, que estuda na escola estava com muito medo.
Durante a noite, a ONG Somos da Paz deixou 12 vasos de flores com os nomes de cada uma das vítimas. Mais adiante, do outro lado da porta da escola, há 12 cruzes com os nomes das vítimas, com velas acesas aos pés de cada uma dessas cruzes.
A Escola Tasso da Silveira permanece fechada nesta sexta (8). Alguns funcionários fazem a limpeza, mas ninguém está autorizado a entrar. As salas, que foram cenário da tragédia, continuam lacradas. Nessa tragédia, 11 crianças permanecem internadas em seis hospitais diferentes do Rio, quatro delas em estado muito grave.
Drama do velório
A madrugada foi de tristeza e despedidas. Os corpos de algumas das crianças mortas pelo atirador que invadiu a escola, na Zona Oeste do Rio, foram velados durante toda a noite. Em um cemitério em Realengo, mesmo bairro onde aconteceu a tragédia, parentes e amigos acompanharam o velório de três meninas.
A foto mostra Mariana, uma das estudantes que perderam a vida na tragédia. A mãe dela falou sobre a dor que sentia. “Ela vai me fazer muita falta. Só isso. Já estou com saudades dela”, lamentou.
Colegas e vizinhos também vieram prestar solidariedade. “Estou muito revoltada, porque eu e minha neta somos as únicas que conseguimos vê-la um pouco viva. Só peguei o braço dela e a mão para olhar o primeiro nome. Havia um ‘M’ escrito na mão esquerda dela, porque ela gostava do meu neto, que se chama Maicon”, contou Rita de Cássia, vizinha da Mariana.
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