O senhor Eunápio, proprietário da ”Boate My Love”, carinhosamente chamado de ‘Jacqueline’, como gostava de ser chamado, foi vítima de um bárbaro assassinato na noite de sexta-feira, no referido estabelecimento que fica localizado às margens da Rodovia Dores/Capela (periferia de Dores).
O mesmo foi abatido por uma grande quantidade de projéteis que foram deflagrados por um grupo de seis assaltantes, após invadirem seu estabelecimento.
A polícia chegou imediatamente ao local, sendo recebida à bala pelos assaltantes homicidas; houve revide, quando também na oportunidade o cabo Jesuíno quase fora atingido.
A quadrilha estava usando escopetas e pistolas automáticas.
Os motivos, ainda são desconhecidos. Há algum tempo a referida ‘Casa’, fora assaltada.
Durante boa parte da noite foram ouvidos vários estampidos de tiros de armas de grosso calibre. Vários carros da Polícia circulam na cidade, na tentativa de fechar o cerco aos seis marginais.
Várias viaturas e policiais do COE e de delegacias da região participam do cerco, a exemplo de Cumbe, Sirirí, Feira Nova.
Há cerca de cinco meses, foi efetuada uma mega operação com cerca de 200 homens, 40 viaturas e o helicóptero do GTA, à época em que o delegado Hugo Leonardo estava à frente do grupo da Polícia Civil local e o sargento Medeiros (“atualmente aposentado”) comandava o destacamento de Policiais Militares.
Tal operação mostrou que Dores assim como a região está infestada de bandidos das mais diversas categorias, a começar por latrocidas, homicidas e traficantes; prova maior foi o número de presos: 11 do município de Dores, 1 de Feira Nova e outro de Poço Redondo.
Um mês depois, quase todos estavam soltos, graças às leis e códigos caducos. Isso faz com que o próprio dinheiro do crime sirva para que os criminosos contratem bons advogados (estes últimos nos ossos do ofício) que encontram as ‘brechas’ na lei. É aí que mora o perigo, pois logo eles estão de volta às ruas.
Ao longo dos meses deste ano vários tipos de crimes já foram verificados em Dores, cidade que até tempos atrás, além de ser o ‘Portal de Entrada do Sertão’ era considerada um dos melhores lugares para alguém morar.
Hoje, casas são invadidas, e as famílias ficam sob a mira de revólveres e escopetas. Muitas das vítimas achando que porque não foram mortas nem estupradas preferem o silêncio a prestar queixa, com medo de sofrer represálias.
O crack, a maconha e a cocaína já não é novidade, o que provavelmente só tende a crescer. Também é preocupante o número de jovens à mercê dos riscos da prostituição infantil.
O sargento Ronaldo, que comanda o destacamento da Polícia Militar local, e o delegado Felipe Tócori, da Polícia Civil; tem demonstrado estarem irmanados juntamente com suas equipes; num trabalho conjunto vem desenvolvendo um trabalho que chamam de “Polícia Cidadã”, onde visitam comunidades da sede e dos povoados, realizando palestras. Ambos procuram assim sensibilizar a sociedade no sentido de que os cidadãos sejam parceiros da segurança, a começar pela valorização do ato da denuncia (anônima).
As autoridades policiais reclamam o fato de que muitas pessoas evitam prestar queixa, além do fato de que falta efetivo, o que seria sanado caso fosse convocado um novo concurso para preenchimento de vagas.
Por Antonio Carlos Rocha
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