Dep. eduardo Amorim
A reunião ocorrida na segunda-feira (10), com todos os partidos que integram o bloco liderado pelo empresário Edvan Amorim (PR), teve o objetivo de relatar a conversa que aconteceu com o governador Marcelo Déda (PT), na terça-feira (04) e ouvir da maioria com quem o partido deve fechar aliança. Segundo informação de influente fonte vinculada a um dos partidos, exclusiva para o Faxaju Online, o empresário Edvan Amorim teve uma surpresa: “70 por cento dos deputados e candidatos proporcionais querem uma aliança com o DEM, liderado em Sergipe pelo ex-governador João Alves Filho”.
A fonte disse que acontecerá uma reunião ampla entre a cúpula do PSDB e do PSC – que já fecharam aliança – para resolver dois problemas da coligação entre os dois partidos. Um em Pernambuco e outro em Sergipe. A direção nacional dos cristãos quer que Eduardo Amorim seja candidato ao Senado, mas integrando a aliança que apóia José Serra para presidente.
- Vai acontecer com o deputado federal Albano Franco (PSDB) a mesma coisa que ele faz para decidir uma composição: vão deixar para última hora, disse a fonte, acrescentando que virá um pedido da cúpula do PSDB para que ele desista da candidatura ao Senado e dispute a reeleição para a Câmara Federal, a fim de ceder o lugar a Eduardo Amorim, que não deseja disputar o mandato tendo como companheiro de chapa outro nome competitivo.
Mudança – Ontem à tarde, na Assembléia Legislativa, um ilustrado parlamentar informou que antes da posição da direção nacional fechar aliança com José Serra para presidente, 86% do bloco liderado por Amorim queria coligação com o governador Marcelo Déda, que vai tentar a reeleição. Depois disso o percentual era de 55% e, no momento da reunião, chegou a 70%.
No encontro que ocorreu nesta segunda-feira (10), todos os membros do bloco deram carta branca ao empresário Edvan Amorim para falar em nome de todo o grupo, “não apenas favorável à candidatura do seu irmão Eduardo, que disputa o Senado”. Também na conversa entre deputados, na Assembléia, foi dito com todas as letras que “o grupo mais forte quer uma coligação com o DEM”.
Até o momento nada ainda foi fechado e o grupo apelou para que não se tome uma decisão precipitada e novas conversas. O empresário Edvan Amorim ainda não teve encontro com o ex-governador João Alves Filho, mas um integrante do PSC tem conversado com João em nome da legenda e do grupo.
Sobrevivência - Uma outra fonte bem avisada, integrante do bloco, relutou em dar o mínimo de informação, e minimizou o percentual dos que querem a coligação com João Alves Filho: “50% sim, 50% não”, disse. Quando perguntado sobre os deputados admitiu que “aí sim, chega a 80%”. E é verdade: dos oito parlamentares que integram o grupo, apenas a deputada Angélica Guimarães e o deputado Zeca da Bomfim (ambos do PSC), desejam fechar uma aliança com o governador Marcelo Déda.
Essa nova fonte revelou que a razão da preferência por João Alves Filho é por sobrevivência. Todos os candidatos calculam que têm mais condições de eleger-se numa coligação com o DEM, do que com o PT, em razão da proporcionalidade: “uma coligação com João Alves reduz o percentual e o número de votos para chegar ao primeiro eleito”, disse.
Na segunda-feira já ficou agenda uma reunião de presidente dos partidos que formam o bloco liderado por Edvan Amorim em Aracaju, para que eles conversem com filiados às legendas e fixem posições. Já nesta quarta-feira (12), Amorim viaja para uma espécie de recesso político e retornar no final do mês para tomar decisões definitivas.
Um detalhe: foi feito um pacto entre todos os participantes da reunião, para que não fosse dada nenhuma informação à imprensa.
fonte: faxaju
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