Amigo da vítima correu e teria visto a suposta execução
Certidão de óbito atesta causa da morte(Fotos: Portal Infonet) |
A família garante e promete apresentar uma testemunha ocular do assassinato do jovem Elinaldo Juvêncio Santos de Oliveira, 22, morto a tiros na madrugada do domingo, 7, no Alto da Divineia, em São Cristovão. A vigilante Vanusa Oliveira, prima da vítima, não tem dúvida que o crime foi cometido por policiais militares. “Ele sempre dizia que se um dia morresse assim, seria pela polícia”, conta.
A vigilante garante que Elinaldo Juvêncio não estava sozinho quando foi supostamente executado. Segundo a vigilante, um amigo dele, cuja identidade está sendo preservada, estaria na companhia de Elinaldo como carona de uma shineray pilotada pela vítima. De acordo com a vigilante, este rapaz contou toda a história do crime para a família e está disposto a prestar depoimento na Justiça Militar como testemunha ocular do crime.
Segundo a prima, na noite do sábado, 6, Elinaldo estava na residência com a mãe e a esposa. Este amigo chegou na casa e solicitou uma carona, pedindo para que Elinaldo o levasse em casa. “No meio do caminho aconteceu tudo isso”, lamenta a vigilante. Aos familiares da vítima, a testemunha revelou que, no primeiro momento, eles foram perseguidos por um carro que colocou farol alto contra o ciclomotor.
Corpo é velado na residência |
Ao ouvir o primeiro disparo de arma de fogo, Elinaldo teria perdido o controle do ciclomotor e teria caído. “Corra, porque a gente vai morrer”, teria dito Elinaldo, naquele momento.
Segundo a versão do amigo contata à família, só depois é que o rapaz que estava no banco de carona da shineray percebeu que a perseguição estaria sendo realizada por policiais militares ocupantes de uma viatura caracterizada, que não estava com o giroflex ligado. “O amigo dele obedeceu, correu para o mato e viu tudo”, revelou a vigilante. Segundo esta versão, os policiais que já teriam disparado alguns tiros na perseguição, já desceram atirando contra a vítima, que teria morrido no local, sem chances de defesa.
Para a família, Elinaldo estava marcado para morrer em decorrência do envolvimento que teve no passado com o crime de furto. Em decorrência disso, segundo a família, Elinaldo cumpriu pena de cerca de um ano de detenção e, há aproximadamente, cinco meses foi libertado. “Ele estava em outro caminho, já tinha tirado a carteira de identidade e já estava distribuindo currículo para trabalhar”, conta a prima.
Corregedoria
O major Gladston Oliveira, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, revelou que desconhece esta versão apresentada pela família. Consta no relatório da PM, que a equipe foi acionada pouco antes de 1h da madrugada do domingo, 7, para atender a ocorrência, conforme informou o próprio major no domingo, 7, em entrevista ao Portal Infonet. E que os moradores teriam sido despertados com o barulho dos disparos.
O major Gladston Oliveira orientou a família a procurar a Corregedoria Geral da Polícia Militar para fazer a denúncia. “Não recebi esta informação, mas oriento a família a procurar a Corregedoria para que se faça a identificação e, se for o caso, para que os responsáveis sejam punidos”, considerou o major.
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