Habacuque Villacorte, da Agência Alese
O deputado estadual Capitão Samuel (PSL)
ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde dessa
segunda-feira (7), para defender que o Estado de Sergipe promova com
urgência um concurso público para as polícias militar e civil. Samuel
explicou que a realidade é crítica, que a insegurança reina no interior
do Estado e que, só no último sábado (5), delegacias de sete municípios
estavam com as portas fechadas.
“A população de sete municípios ficou
abandonada! Delegacias fechadas! Antes eram dois policiais para fazer a
segurança de uma cidade. Agora nem isso. Ficou apenas um soldado tomando
conta das armas e do prédio. Em Telha, por exemplo, tem um prédio
bonito, mas apenas um soldado tomando conta. E quando a população pede
ajuda? Fica sem assistência, claro! Ou alguém acha que o PM vai
sozinho?”, questionou.
Em seguida, Samuel disse que recebeu a
informação que, em Umbaúba, a viatura policial quebrou e foi necessário a
prefeitura emprestar um carro do município. “A gente vê tanta viatura.
Cadê o planejamento da SSP? Esse é o exemplo clássico da falta de
planejamento. Agora o governo não quer fazer o concurso para não ferir a
Lei de Responsabilidade Fiscal”.
“Já buscamos o apoio do Ministério
Público para ver a questão do reajuste dos servidores públicos. A
Defensoria Pública também deve impetrar uma Ação Civil Pública. É
preciso cobrar do Judiciário que determine logo a autorização do
concurso. Tem que se colocar policiais nas delegacias para fazer a
prevenção. Não se faz segurança pública sem planejamento. O governador
foi para uma cidade do interior inaugurar uma obra e levou 10 policiais
com ele. Como se não bastasse, ainda foram deslocados policiais de
outras cidades. O município só tem dois policiais e ainda tem que
perde-los para dar segurança a JB?”, questionou.
Samuel explicou ainda que foi JB quem
fez a promessa de que faria o concurso público ainda este ano. “Tem que
deixar as promessas de lado e começar a fazer. O secretário Zezinho
Sobral disse que o Estado não pode fazer o concurso porque eu apresentei
emendas ao projeto original. Tem o Bolsa Formação. Quem mandou o
projeto para a AL falando do carreiramento de salário foi o governo e se
um deputado não puder apresentar uma emenda é melhor fechar as portas
desse Poder! É uma proposta nossa que não gera ônus e evita perdas para
os servidores”.
Por fim, Samuel disse que João Alves
(DEM), enquanto governador, realizou concurso público para mil homens e
que Marcelo Déda (PT), já no governo, chamou mais 600. “A PM tinha 6,5
mil homens e agora só tem 4,5 mil. Homens caminham para a reserva e
nenhum soldado entrou nas fileiras da corporação. Enquanto isso várias
pessoas seguem morrendo por falta de efetivo. Prevenção na Segurança
Pública é fundamental para reduzir os índices”.
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