sábado, 13 de dezembro de 2014

Derrotas de Mendonça Prado e Sukita no TSE entram na “conta” de Jackson Barreto!

O governador Jackson Barreto (PMDB) não vive mesmo em um bom astral. Após uma surpreendente vitória com mais de 120 mil votos de diferença para Eduardo Amorim (PSC) em 5 de outubro, muitos apostavam que o chefe do Executivo teria “vida mansa” dali em diante, ainda mais porque tratou logo de anunciar sua aposentadoria para 2018, logo assim que terminar seu mandato de governador que será iniciado no próximo dia 1º. Mas Politizando conclui que o governador não atravessa um bom momento. São inúmeros problemas desde a vitória e, mesmo antes de tomar posse, JB já é visto com “outros olhos” por aliados e por boa parte do funcionalismo público.

Na realidade, o governador formou um conceito para os sergipanos de que o candidato Eduardo Amorim, se eleito, colocaria as finanças do Estado em risco absoluto, deixaria Sergipe economicamente instável, o que poderia resultar em crises, atrasos de salários e desemprego. Pouco tempo depois de vencer a eleição, Jackson entrou para a história como o primeiro governador a parcelar os salários dos servidores, os atrasos de pagamentos a fornecedores tornaram-se uma realidade e ainda se viu obrigado a exonerar todos os comissionados da administração direta sob o risco do Estado deixar de receber recursos federais porque já estava descumprindo o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Ou seja, tudo o que Jackson Barreto pregou na campanha eleitoral que Amorim seria o responsável, recaiu sobre ele mesmo. Politizando não acredita que isso seja “praga”, mas sim descontrole, falta de planejamento e, acima de tudo, o “vale tudo eleitoral”. Deu no que deu! Sergipe atravessa uma crise financeira, como o restante do País, mas os problemas não param por aí. Temos uma Educação que há anos deixou de ser uma referência; temos uma Saúde pública em um caos, graças à intervenção do Dr. Rogério Carvalho (PT), que criou as Fundações e que hoje o governo já pensa em extingui-las; e, por fim, nossa Segurança Pública deixa muito a desejar. Temos uma polícia que prende, ostensiva é verdade, mas que deveria ser prioritariamente de prevenção.

Sergipe fechou 2013 como o quarto Estado no País em registros de homicídios; se contabilizar as mortes agressivas, subimos um degrau e chegamos ao “pódio”, com um terceiro lugar nada honroso. Politizandoalerta que, baseado em estatísticas da própria SSP, a tendência natural é que os registros em 2014, que ainda não terminou, sejam bem maiores. E o governador tem que ser responsabilizado sim. JB foi eleito vice de Marcelo Déda (in memoriam) em 2010 e tinha que cobrar também. O petista não está mais entre nós para se defender, mas não planejou a remuneração das polícias e nem fez os concursos cobrados desde 2011. Talvez por esses equívocos, hoje todos nós estejamos pagando (e caro) essa conta.

E, para completar o “inferno astral” de JB, eis que vêm as decisões do Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ontem a noite, rejeitando o recurso do ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita dos Santos (PMDB), que tentava assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, e acatando o recurso do deputado federal André Moura (PSC), reeleito com mais de 71 mil votos nas urnas, empurrando o também federal Mendonça Prado (DEM) para o “banco de reservas”, para a suplência. Aí o leitor vai questionar: e por que JB é atingido com essas decisões? Politizando explica: logo após o pleito, Jackson virou as costas para o deputado Francisco Gualberto (PT) e disse que trabalharia para ajudar Sukita a assumir seu mandato na AL.

Gualberto, mesmo sendo contraditório em vários pontos, foi quem deu, ao longo de muitos anos, a “cara para bater” na AL, defendendo uma série de acertos e equívocos dos governos de Marcelo Déda e até do próprio JB. É bem verdade que o governador ainda o tem como aliado, mas a relação de confiança talvez já não seja mais a mesma. O mesmo acontece com a vitória de André Moura. Desafeto político de JB, André deixa na suplência Mendonça Prado, que virou as costas para João Alves (DEM) e Maria do Carmo (DEM) para servir de “instrumento” do governador para atacar o candidato Eduardo Amorim na campanha. Especula-se que, ambos, Sukita e Mendonça, sejam aproveitados na equipe de secretários do governo JB. É o “prêmio de consolação” para os dois que agora curtem a “sofrência” ao lado do governador.  

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