quarta-feira, 9 de julho de 2014

Mineirazo: Brasil é humilhado pela Alemanha por 7 a 1

Morta em campo, seleção sofre derrota catastrófica em casa
 
Klose: dia histórico para ele e para a Alemanha (foto: David Normando/ FuturaPress)
Uma derrota histórica. Acachapante. Inacreditável. E, sobretudo, humilhante. Não vão faltar adjetivos para descrever a triste destruição do sonho brasileiro na Copa do Mundo. Diante de um adversário imensamente superior, o Brasil foi mastigado por 7 a 1 pela Alemanha em pleno Mineirão e está fora de mais uma final da Copa do Mundo. Depois do trágico "Maracanazo" de 1950, está cravado na história do esporte brasileiro o "Mineirazo".
Foi a maior derrota do Brasil em casa e na história de todas as suas participações em Copas do Mundo. De quebra, o jogo ainda foi marcado pelo êxito de Klose: autor de um gol, ele passou Ronaldo e tem 16 gols em Copas do mundo – o maior artilheiro da história do torneio.
Primeiro tempo
A seleção de Felipão começou indo para cima. Aos 2 minutos, Marcelo arriscou de fora da área, mas a bola passou à direita. Aos 3, David Luiz acertou belo lançamento em diagonal para Hulk, que cruzou para Bernard, mas Neuer chegou antes do camisa 20. E foi em um erro de passe de Marcelo ainda no meio de campo, logo corrigido e convertido pelo camisa 6 em escanteio, que começaria o massacre alemão.
(foto: Leo Fontes/ FuturaPress)
Aos 10 minutos, Kroos cobrou o escanteio e Mueller, sozinho na entrada da pequena área, pegou de primeira e completou para as redes: Alemanha 1 a 0. Assustado, o Brasil não reagiu a contento. E a pequena torcida alemã já começava a fazer mais barulho que a brasileira.
Aos 23, após bate e rebate na pequena área, a bola acabou sobrando para Klose. Na primeira tentativa, o camisa 11 chutou em cima de Julio César. Mas na segunda, acertou: Alemanha 2 a 0. Era o 16º gol do alemão – agora, o maior artilheiro da história das Copas. Dois minutos depois, Mueller passou batido em um cruzamento da esquerda, mas Kroos encontrou a sobra e mandou no canto esquerdo de Julio César: 3 a 0. No minuto seguinte, quando a torcida ainda tentava se recuperar do baque, Khedira tocou para a esquerda e Kroos, sozinho novamente, completou para as redes: Alemanha 4 a 0.
A torcida brasileira, meio relutante em gritar alguma coisa, se resumia a um grande murmúrio. Alguns setores isolados insistiam em gritar “raça”. Até que, aos 29, Khedira tabelou com Oezil no setor esquerdo. O camisa 8 devolveu a bola para o lateral, que mandou para o gol: Alemanha 5 a 0.
(foto: Rodrigo Villalba/ FuturePress)
Segundo Tempo
A missão brasileira na volta do intervalo era impossível. Mesmo assim, o time começou mais agressivo, insistente pelo lado esquerdo. Aos 5, se iniciou o festival de chances perdidas da seleção: Ramires tentou cruzar na pequena área. Na sequência, Fred fez boa enfiada para Ramires, que cruzou rasteiro. Mas Neuer, atento, interferiu.  Aos 6, Oscar recebeu a bola limpinha na área, mas chutou em cima de Neuar. Aos 8, Paulinho disparou pela direita e também chutou em cima do goleiro alemão – duas vezes. Pouco depois, Klose saiu para entrada de Schuerrle, e foi muito aplaudido por ambas as torcidas. Depois da ovação ao alemão, a torcida achou por bem pegar no pé do atacante brazuca: “ei, Fred, vá tomar no...”
Com quinze minutos, Mueller acertou um belo chute de canhota no ângulo esquerdo e exigiu de Julio César. E quando o Brasil mais precisava fazer o gol, tomou mais dois. Aos 24, Lahm cruzou na pequena área para Schuerrle, que tocou rasteiro no canto direito: Alemanha 6 a 0. E então a própria torcida brasileira começou a gritar “Olé” contra a seleção canarinho.
Alguns minutos depois, veio o golpe de misericórdia; a pá de cal; o fechamento da absurda conta alemã no Mineirão: o mesmo Schuerrle recebeu passe na grande área, dominou com categoria e chutou no gol. A bola bateu com força no travessão e entrou diante de um Júlio Cesar impassível e já derrotado: Alemanha 7 a 0. A torcida brasileira, completamente entregue, aplaudiu a aula de futebol.
Morto em campo, o Brasil ainda chegou ao gol de honra aos 45. Após receber lançamento, Oscar puxou para o meio, se livrou de Boateng e chutou forte para o meio do gol: 7 a 1. Mas para alívio da torcida brasileira, o apito soou logo. E o Brasil, de modo humilhante e inacreditável, estava fora de mais uma Copa.
Por Igor Matheus
De Belo Horizonte
FICHA TÉCNICA
Brasil 1  x 7 Alemanha

Gols: Mueller (10’ 1T), Klose (23 1T), Kroos (24’ 1T), Kroos (26’ 1T), Khedira (29’ 1T), Schuerrle (24’ 2T), Schuerrle (34’ 2T), Oscar (45' 2t)
Brasil
12 Julio César, 4 David Luiz, 5 Fernandinho (8 Paulinho), 6 Marcelo, 7 Hulk (16 Ramires), 9 Fred, 11 Oscar, 13 Dante, 17 Luiz Gustavo, 20 Bernard, 23 Maicon
Alemanha
1 Neuer, 4 Howedes, 5 Hummels (17 Mertesacker), 6 Khedira (Draxler), 7 Schweinsteiger, 8 Oezil, 11 Klose (9 Schuerrle), 13 Muller, 16 Lahm, 18 Kroos, 20 Boateng
Cartões amarelos: Dante
Público: 58.141

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