quinta-feira, 24 de julho de 2014

Corpo de bebê que morreu após desabamento é sepultado

O corpo do bebê de apenas 11 meses de vida, que morreu após o desabamento do prédio no fim de semana, foi sepultado na tarde desta quarta-feira (23) no Cemitério João Batista, em Aracaju. Ele ficou durante mais de 34 horas sob escombros com o pai, o servente de pedreiro, Josivaldo da Silva, da mãe, Vanice de Jesus, e da irmã. Ane Gabriele de Jesus. Eles foram resgatados com vida pelos bombeiros, mas o bebê sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu a caminho do hospital.
Muito emocionado, Josivaldo se despede do filho (Foto: Flávio Antunes / G1)
Muito emocionado, Josivaldo se despede do filho (Foto: Flávio Antunes / G1)

A primeira a chegar ao cemitério foi a mãe do bebê. “Durante o tempo que ficamos soterrados tentamos reanimá-lo, quando ele estava acordado, a gente brincava e conversava, mas ele foi ficando muito fraco”, lamenta.

O servente de pedreiro, Josivaldo, chegou em seguida para se despedir do filho. “Cada pessoa vem ao mundo com uma missão e ele cumpriu a dele. Vou ter que cumprir a minha também. A saudade é grande, mas acredito que Deus está com ele e com a gente também, peço o consolo para a nossa família”, disse.

Segundo ele, perder o filho foi o pior momento do drama que enfrentou. “Foi a maior dor que já senti, mas vou superar”.

Alta médica

Os pais do bebê, Josivaldo da Silva e Vanice de Jesus receberam alta médica na manhã desta quarta-feira (23) a irmã dele, Ane Gabriele de Jesus, que também estava internada no Hospital de Urgência de Sergipe, foi liberada ontem e está na casa de uma tia.

Em seu primeiro momento com a família, Josivaldo agradeceu as equipes de resgate e o acolhimento. “Sou grato primeiramente a Deus, mas é maravilhoso ver todos da minha família me dando apoio. Quero agradecer também a todas as pessoas que trabalharam para salvar a minha família e oraram por nós”.

Ele lembrou também o drama que passou e falou ao G1 que quando a laje começou a desabar ele tento proteger a esposa e as crianças. “Foi tudo muito rápido e quando percebi que ia desabar, coloquei a minha perna para suportar a laje. Estou bem de saúde, mas ainda sinto dores na perna porque o tombo foi grande”, garante.

Josivaldo encerrou fazendo planos para o futuro. “A vida segue e vamos fazer valer. Fiz promessas pedindo que Deus nos salvasse e agora temos que agradecer de alguma forma. Quero trabalhar e ficar junto com a minha família para esquecer essa tragédia”.

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