quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Médicos estrangeiros chegam a Sergipe a partir do dia 16

2º ciclo do Mais Médicos traz profissionais cubanos ao Estado
Sergipe recebe médicos cubanos em 31 municípios prioritários (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Nove municípios sergipanos deverão receber a partir do dia 2 de setembro, os primeiros 19 profissionais oriundos do Programa Mais Médicos. No primeiro ciclo do projeto, apenas médicos brasileiros chegarão a Sergipe, sendo que dois possuem formação estrangeira. A partir do segundo ciclo, previsto para 16 de setembro, o Estado poderá contar com a presença de médicos vindos de Cuba.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirma Aracaju, Lagarto, Nossa Senhora do Socorro, São Miguel do Aleixo, São Cristóvão, Santo Amaro das Brotas, Santa Luzia do Itanhy, Pirambu e Aquidabã como os primeiros contemplados pelo Mais Médicos em Sergipe. Destes, Aracaju receberá oito profissionais e São Cristóvão, dois. Ambos os municípios serão também o destino dos médicos graduados em outros países. Outras 22 cidades sergipanas estão listadas entre as áreas prioritárias do programa no Estado, devendo ser contempladas em novos ciclos.
Até o dia 16 de setembro, os profissionais de outras nacionalidades chegados ao Brasil passam por formação do Ministério da Saúde, com foco no Sistema Único de Saúde (SUS) e na língua portuguesa. Ao fim da formação, os médicos deverão ser distribuídos e encaminhados aos seus destinos, compondo o segundo ciclo do projeto. Em Sergipe, a pretensão é de que a SES e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Consems/SE) realize uma capacitação para apresentar a realidade do SUS no Estado.
Números
João Lima Júnior: "carência de médicos em Sergipe"
De acordo com o diretor de Assistência à Saúde da SES, João Lima Júnior, a relação entre o número de médicos por mil habitantes em Sergipe é de 1,3. Esta taxa é inferior à média nacional, que chega a 1,8. Tanto o índice brasileiro quando o sergipano não condizem com o padrão estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 2,5 médicos por mil habitantes. A situação se agrava quando comparada com os indicadores de outros países: na Argentina, o número é de 2,5; enquanto em Portugal e na Espanha, a relação chega a 4 por mil.
“Esses números comprovam que de fato existe uma deficiência de médicos no Brasil e em Sergipe. Logo, o Mais Médicos só tem a acrescentar ao serviço público de saúde, contribuindo para a assistência básica”, afirma João Lima. O diretor utiliza ainda dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para comprovar sua tese. “Em uma pesquisa do Ipea, 60% dos entrevistados disseram que o maior problema do SUS é a falta de médicos”, diz.

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