sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Déda enfrenta dificuldades para conquistar aliados

Em entrevista à imprensa, o governador Marcelo Déda (PT) revelou que tem trabalhado para reconstruir o apoio da maioria dos parlamentares na Assembleia Legislativa, perdida desde fevereiro do ano passado após o rompimento político com os irmãos Eduardo e Edivan Amorim, que detêm a casta. Ele admitiu, no entanto, que essa não é uma tarefa fácil.
 
“Não é bom para o governo ser minoria. O bom é ter maioria, mas nem sempre se consegue. Eu, por exemplo, não consegui ainda”, afirmou, ressaltando que o fato de ter um apoio reduzido no Parlamento, o ajuda a ter mais compreensão também. “Dá mais trabalho, mas ajuda botar a bola no chão, olhar o campo e ter mais humildade”, admitiu Déda, ao completar que “tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim”.
Um ano depois de perder a maioria, Déda tenta ampliar base de apoio
 
O governador destacou que nem sempre os deputados querem apoiar o governo. “Eu, durante dez anos, fui deputado de oposição e durante esse tempo não passei um segundo no governo. Para mim, naquele momento, importava cumprir o papel de oposição”, ressaltou Déda, que está em São Paulo.
 
Segundo ele, o esforço de manter o diálogo, continua. “Tive maioria até o ano passado, mas uma divergência na base inviabilizou a convivência”, disse, reportando-se aos conflitos que surgiram após o processo da eleição antecipada da mesa diretora da Assembleia Legislativa. “São coisas da política. Não é a primeira e nem será a última vez que isso ocorre”, afirmou.
 
Ele acrescentou que alguns  deputados têm projetos estratégicos e precisam mostrar atitude na oposição ao governo. “Não há nada de assombroso nisso”, afirmou, observando que “nenhuma coligação é feita sob os votos da eterna união”.

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