quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Corpo de bebê desaparece de maternidade pública

A família do pintor Edvaldo da Graça e da dona de casa Maria Rejane Alves de Oliveira vive um drama. O filho do casal, de aproximadamente seis meses de gestação, nasceu morto na tarde do dia 17 de outubro na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju. O corpo seria entregue à família na terça-feira, mas no momento em que solicitaram para que fosse sepultado em Japaratuba, município onde residem, os pais foram informados que o bebê não foi encontrado.


Foto: Portal Infonet


Revoltado com a situação, o pai da criança procurou a polícia, que apura o caso. Ele conta que chegou à maternidade às 10h, e permaneceu no local até às 19h, à espera de uma explicação sobre o desaparecimento de seu filho. "Esperamos até às 15h. Eles não me forneceram nenhuma desculpa e fui atrás dos meus direitos. Infelizmente quem está sofrendo com esta situação é nossa família. Minha esposa está muito abalada com a perda, e vamos aguardar uma resposta da maternidade que marcou uma reunião amanhã", disse.

Edvaldo ainda faz mais uma denúncia com relação à maternidade e alega que queriam lhe entregar outra criança. "O funcionário me procurou e até quis me convencer que um dos bebês de lá era meu, mas tenho certeza que não era. Vieram me dar um corpo de uma menina, mas meu filho é do sexo masculino. Tirei até as fotos dele", denuncia, acrescentando que nenhuma criança que está no necrotério possui etiqueta de identificação.

Ele conta ainda que esta foi a segunda gestação de Maria Rejane. Ela se sentiu mal na manhã do dia do parto e foi levada para o hospital de Japaratuba. De lá, ela foi encaminhada para a unidade hospitalar de Capela e posteriormente para a maternidade da capital onde ficou internada até a manhã de sábado (20). Edvaldo diz que a esposa teve uma gravidez tranquila e que fez um pré-natal sem complicações.

A assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) informou que abriu um processo administrativo para apurar o caso. "De imediato, solicitamos toda a documentação de entrada e saída de corpos desde a data do óbito do bebê para apurarmos caso a caso para identificar o mais rápido possível o que aconteceu, se houve erro do servidor do necrotério ou de outra família que teria reconhecido o feto errado. Tudo precisa ser considerado em uma avaliação como esta", afirma o procurador da FHS, Carlos Diego de Freitas.

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