terça-feira, 3 de julho de 2012

Jovens que viviam sob regime de escravidão voltam a SE

Os jovens eram obrigados a trabalhar por R$ 1 real
Jovens eram mantidos em condições precárias (Fotos: Arquivo Infonet/ Polícia Civil Guarujá)
Dois dos cincos jovens que foram trabalhar em São Paulo já estão com os familiares no município de Itabaiana. Eles retornaram para Aracaju na segunda-feira, dia 2, após serem resgatados pela polícia sob a alegação de que trabalhavam em regime de escravidão.
O fato só veio à tona, após três dos cinco jovens, terem ido a Delegacia do Guarujá para denunciar a exploração a que eram submetidos pelo sergipano Josevaldo Santos Santana, de 36 anos, acusado de levar os jovens, há cerca de um mês, para o Estado de São Paulo para trabalhar como ambulantes por apenas R$ 1 real.
Os outros três adolescentes, menores de 18 anos, com idade entre 15 e 17 anos, devem retornar para Itabaiana já na quarta-feira, dia 4 de junho. De acordo com a conselheira municipal da cidade de Itabaiana, Kelly Vieira, o Conselho Tutelar vai continuar acompanhamento o caso e dará toda a assistência às crianças caso necessária. “Ontem os maiores prestaram depoimento. O próprio órgão custeou o pagamento das passagens e o trabalho psicológico e assistencial aos jovens e as famílias”, conta
A empregada doméstica Ivone dos Santos, mãe de F.S.C, se disse aliviada com a possibilidade do retorno do filho para o município de Itabaiana. “Eu estou muito aliviada e graças a deus amanhã ele estará de volta. Ele foi para São Paulo porque quis ir, eu só fiquei sabendo depois que cheguei do trabalho e não o encontrei mais. Ele ligava e dizia que estava tudo bem, não sei o que foi que houve”, explica a mãe.
A esposa de F. S.C, de 17 anos, Maria Aparecida Correa, informou que o jovem foi levado pela conversa dos amigos. “Ele saiu escondido porque foi na onda dos amigos que o chamavam para ir. Na verdade estou muito feliz pelo retorno dele e não dormi ontem a noite só esperando ele chegar”, conta Aparecida.
O acusado continua detido e se condenado, Josevaldo poderá pegar uma pena de até oito anos de reclusão.

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