quarta-feira, 18 de julho de 2012

Edvan joga no rosto de Déda que o pôs na cadeira de governador com dificuldade

   
As duras declarações do governador Marcelo Déda (PT), que chegou a pontuar que "o projeto de governo dos Amorim é de talão de cheque", foram respondidas também de maneira áspera pelo líder de honra do PSC, o empresário Edvan Amorim. Jogando em rosto o apoio que deu ao governador para sua reeleição em 2010, Amorim cobra o suposto cheque que teria rolado em sua campanha, e diz que "o PSC trabalhou muito para Déda voltar a sentar na cadeira de governador. Se não fosse nosso apoio, talvez ele nem teria sentado na cadeira de novo".

"Nas eleições de 2010, a maior aliança que houve foi o nosso grupo (PSC) com o governador. Então se já há cheque hoje, houve também em 2010. E já que Déda fala em cheque agora, ele tem que dizer quem deu cheque na última eleição e quem recebeu. Na aliança com ele, o foco era elegê-lo governador de novo e Eduardo Amorim senador. Se houve cheque para isso, então ele está se contradizendo agora. Nós fazemos política com seriedade e não com talão de cheques", declarou Edvan Amorim a nossa reportagem, ousando ainda a chamar atenção do governador para as responsabilidades com o Estado.

"Déda deveria tratar era de arrumar o Estado que está largado. Ele precisa é cuidar da educação, da segurança pública, da saúde, ele foi eleito para isso e não para ficar dizendo abobrinha. Pega até mal certas colocações do governador", rechaçou Edvan. Questionado sobre a aliança com o DEM para candidatura do ex-governador João Alves Filho em Aracaju, que foi taxada por Marcelo Déda como "falta de perspectiva de futuro", Amorim rebateu: "Eles estão é chorando o leite derramado, porque acharam que nós não iríamos reatar nossa aliança com João. Marcelo Déda, Almeida Lima (PPS) e Jackson Barreto (PMDB) estão todos juntos no mesmo time, com o objetivo de atacar aqueles que lideram as pesquisas, evidentemente, com nosso apoio".

O empresário Edvan Amorim também não poupou as críticas para avaliar a declarações de Déda que afirmou ter colocado o grupo de Amorim para fora do governo, quando houve a eleição da chapa da deputada estadual Angélica Guimarães na Assembleia Legislativa, momento esse taxado por Déda como traição. "Não pedimos para entrar. Ele que nos ofereceu a Secretaria da Indústria e Comércio. A questão é que ele não admitiu perder uma eleição na Assembleia. Uma mulher derrotou o governador na Assembleia e, na verdade, ele até agora não conseguiu digerir isso", alfinetou.

"Diante da fragorosa derrota que tomou na Assembleia, numa atitude menor, Déda demitiu o secretário do PSC. Depois disso, ele que fala que não faz negócios políticos, negociou apoio ao prefeito (de Itabaiana) Luciano Bispo (PMDB) com cargos e investimentos no Município, negociou com o PT do B para que não deixasse o governo, ofereceu a deputada Suzana Azevedo que continuasse com a Secretaria do Trabalho, mas ela que não quis. Então ao invés de cuidar do Estado, nós vemos que o governador prefere ficar se contradizendo com suas declarações", concluiu Amorim.

Da redação Universo Político.com

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