quarta-feira, 30 de maio de 2012

Jovem é assassinado a tiros em lanchonete no São Conrado

Homem vai a bar, pergunta se vítima o reconhece e dispara arma
Pai reconhece corpo de filho (Fotos: Portal Infonet)
O jovem Gelson Batista Santos Júnior, 28, conhecido como Gelsinho, foi assassinado a tiros na madrugada desta terça-feira, 30, em uma lanchonete localizada às margens da avenida Heráclito Rollemberg, no São Conrado, em Aracaju.

O crime aconteceu por volta das 4h30 desta madrugada quando a vítima juntamente com um ex-taxista, identificado como Carlos e conhecido como Xuxa, encerrava uma farra. “Estávamos terminando esta última latinha [de cerveja] quando o cara chegou, usando boné, e fez o que fez”, desabafou Xuxa. “Ainda ouço a voz dele (Gelsinho) conversando comigo. Estou com medo e muito assustado. Sinto dor nos ouvidos, nos braços e nas pernas, nem sei como estou aqui pra contar a história”, completou.

Os primeiros levantamentos da polícia indicam que o criminoso teria chegado a pé na lanchonete, teria se aproximado da mesa onde Gelsinho estava sentado na companhia de Xuxa. “Você lembra de mim?”, teria perguntado o criminoso. E, diante da afirmativa de Gelsinho, o desconhecido disparou o primeiro tiro. Gelsinho correu, foi perseguido e, junto a uma parede, ao lado da lanchonete, acabou morto com outros tiros, que atingiram a cabeça e outras partes do corpo.
Projétil na cadeira e, ao fundo, irmãos se abraçam e choram a morte de Gelsinho
Xuxa tem o interesse de alugar a lanchonete durante o período junino uma vez que o proprietário se dedica, nesta época, a uma barraca de fogos de artifício instalada naquela região. Ele revela que Gelsinho estava no local errado e na hora errada. “Não era pra ele estar aqui. Quem deveria ficar aqui comigo conversando era a funcionária, mas ele chegou, ficou e atrapalhou tudo”, comentou o ex-taxista.

O proprietário da lanchonete não quis se identificar nem prestou declarações a respeito do crime. À reportagem do Portal Infonet, ele negou que seria o proprietário do estabelecimento. No entanto, depois de um desentendimento com agentes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o dono da lanchonete demonstrou nervosismo e disse que não se encontrava no estabelecimento no momento do crime. “Eu fui acordado agora, estava dormindo. Não sei de nada”, disse aos policiais.
Parentes lamentaram o triste fim do jovem
O reconhecimento do corpo foi feito pelo pai da vítima. O montador Gelson Batista Santos revela que ficou informado sobre o crime logo cedo, já pela manhã, por um amigo por meio de um telefonema. Gelsinho morava com a família em imóvel localizado nas proximidades onde o crime aconteceu, mas costumava desaparecer de casa.

Os familiares já esperavam o final infeliz. O pai revela que Gelsinho tinha envolvimento com drogas, assim como responde a processo judicial por homicídio. “O que se espera é isso mesmo, são coisas que a droga faz”, desabafou a mãe, tentando confortar os irmãos de Gelsinho, que choravam abraçados.

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