quarta-feira, 30 de maio de 2012

Iran Barbosa concorda com Ana Lúcia, que comparou Marcelo Déda a Hitler

Dando continuidade ao assunto da greve dos professores da rede estadual de ensino, o programa Jornal da Tarde desta terça feira, 29, contou com a presença do ex deputado federal e professor Iran Barbosa. Já estiveram no programa dirigentes do Sintese, a deputada estadual Ana Lúcia, companheira de partido do governador Marcelo Déda, e todos são unânimes em dizer que o desrespeito à lei que garante o piso à categoria pode ser considerado uma afronta por parte do governador.

Em sua entrevista ao jornalista e apresentador do programa, Paulo Sousa, o ex deputado colocou que Déda estaria agindo de forma cômoda ao dizer que os professores deveriam reivindicar na justiça seus direitos. “Pode parecer muito cômodo para o governador ficar dizendo pra entrar na justiça porque nós sabemos quais são os prazos dentro da justiça. É um problema principalmente de ordem política, não meramente jurídico. Não compete ao governador definir o momento. É a categoria que de uma forma soberana vai definir como vai atuar na Justiça”, garante o professor e ex deputado.

Sobre a afirmação da deputada Ana Lúcia que no programa Jornal da Tarde de segunda-feira, disse que “Nem Hitler enfrentou os educadores do jeito que o nosso governo está enfrentando”, Iran Barbosa destacou que como professor da disciplina de história também identifica traços fascistas nas atitudes de Marcelo Deda. “O governo não tem usado de sensibilidade política, inclusive tem utilizado mecanismos que nem governos que sempre foram avaliados como mais autoritários usaram. O que a deputada faz é registrar fatos que estão sucedendo aqui. O governo só exercita o diálogo do não posso, não tenho e não produz nenhuma proposta. Eu como professor de história identifico traços que são muito próximos das práticas nato fascistas”, afirmou Iran Barbosa.

Concurso

Outra questão que causou reclamação na sociedade sergipana foi a realização de um concurso público para a prefeitura de Pacatuba no último domingo. Confirmado inclusive pela empresa contratada para administração das provas, Advise Consultoria e Planejamento Ltda, as questões da prova realizada pelos candidatos de Sergipe foram as mesmas de outro concurso, realizado pela mesma empresa no estado de Santa Catarina. Por telefone, o apresentador Paulo Sousa tentou esclarecer inúmeros questionamentos da população entrevistando o representante da Advise em Sergipe, Paulo Silva. Segundo o representante, ambas as provas foram realizadas no mesmo dia e horário, impossibilitando assim o vazamento de respostas e do conteúdo a ser abordado, Paulo Silva, que também teve que responder o porquê da escolha do local de difícil acesso, município de Japoatã, e porque o local foi alterado a poucos dias da prova causando transtornos para os candidatos que já estavam em posse do cartão de inscrição com outro local e outro horário. “É obrigação do candidato acompanhar todo o processo que está previsto no edital. Quando a empresa é contratada nós fazemos um estudo regional e o que o ficou mais viável foi o próprio município de Pacatuba que é grande, mas que não comtempla com salas de aula que possam suprir a demanda do candidato, e Japoatã, que é o município mais próximo. O concurso foi realizado a tarde, o candidato tinha o dia inteiro, manhã no caso, para chegar ao local”, explicou o representante.

O apresentador Paulo Sousa também perguntou o porquê das provas não terem sido realizadas na capital a exemplo de outros concursos, o representante da Advise, Paulo Silva, respondeu que dificultaria a coordenação das escolas. E confirmou que as questões 19 e 20 do processo foram anuladas por “erro de digitação”.

O programa Jornal da Tarde é transmitido pela rádio Ilha FM de segunda a sexta feira das 17h às 19h, com apresentação de Paulo Sousa.

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