sábado, 28 de abril de 2012

MUITA DOR E DESESPERO NO VELÓRIO NAS VITIMAS DO MASSACRE NO HUSE

O massacre ocorreu na última sexta-feira, 27, no Huse
No bairro Olaria familiares e amigos velam o corpo de Cledson (Foto: Portal Infonet)
“Meu filho morreu de graça. Um menino tão querido na rua pelos vizinhos e amigos não poderia ir embora assim. Ele nem bebia, nunca se envolveu  em confusão”, desabafa a mãe  de uma das vítimas, Teresinha dos Santos. O clima é de muita dor e desespero na casa dos familiares do auxiliar de pedreiro, Cledson dos Santos e do mestre de obra Márcio Alberto Santos, vítimas de um massacre no Hospital Urgência de Sergipe (Huse) na última sexta-feira, 27.
O mestre de obra Márcio Alberto Santos estava no Huse no momento dos disparos, pois tinha acabado de sofrer um acidente de moto. “Ele teve só uma lesão no braço estava na sala de sutura sendo atendido. Várias crianças, idosos e médicos estavam na sala quando o policial entrou enfurecido na sala e realizou os disparos. Primeiro no suspeito que estava ferido com o tiro no olho, depois atirou em outro rapaz no corredor. Corri e junto com minha prima agarrei meu irmão”, contou a irmã de Márcio, Patrícia Silva Santos.
Cledson dos Santos, uma das vítimas
Ainda segundo Patrícia, ela suplicou ao tenente para não acertar o irmão, mas ele a empurrou. “Ele deu um tiro, mas acertou na perna do outro rapaz que estava com ele (o sobrinho que estava no tiroteio), depois ele matou o meu irmão. Ele não perguntou nada, nem o meu irmão conseguiu dizer nenhuma palavra. Ele caiu nos braços da minha prima e o policial saiu da sala após um dos amigos dele dizer que ele tinha acertado a pessoa errada”, desabafou.
Patrícia ainda afirma que cerca de seis homens armados acompanhavam o tenente da Polícia Militar Genilson Alves. “A única pessoa que estava com o suspeito ferido foi um homem prestou socorro. Não havia gangue, só policiais armados”, afirma Patrícia.
A mãe de Márcio esta desesperado com a perda do filho e clama por justiça. “Meu filho foi atrás de atendimento e aconteceu isso. Cadê a segurança? Quero justiça”, clamou.
Outra vítima do massacre, Márcio Alberto
Cledson dos Santos
Na rua São Paulo, no bairro Olaria, familiares e amigos do auxiliar de pedreiro prestam as últimas homenagens. O corpo de Cledson dos Santos, 21 anos, será enterrado em Itaporanga D’Ajuda. Segundo os vizinhos, ele era uma pessoa prestativa e calma, e nunca se envolveu em confusão.
O auxiliar de pedreiro foi baleado de raspão quando passava pela avenida Santa Gleide. Ele foi abastecer a moto para sair com a namorada. “Um policial entrou na sala que o meu irmão estava e perguntou se ele estava no tiroteio. Meu irmão nem respondeu, o policial já foi atirando”, afirmou o irmão da vítima, Clécio Renildo.

“ Uma pessoa prestativa que morreu inocente. Muitos amigos já vieram aqui fazer suas homenagens. Meu filho sempre foi uma boa pessoa , nem gostava de farra. Agora estamos vivendo esta tristeza”, lamenta a mãe, Teresinha dos Santos.

Por infonet.com.br

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