quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O fundo do poço

Não é de agora que o nosso povo vem enfrentando problemas, seja na segurança pública, seja na área de saúde. Longas filas são registradas nos principais hospitais do Estado para um simples atendimento. Os nossos estudantes correm risco de acidentes durante o período das aulas. A estrutura de alguns prédios está em ruínas, mas nada ou quase nada é feito para tirar o estado do caos.

Quem não lembra da grande problemática com o setor de pediatria? As nossas crianças não tinham atendimento, mesmo com planos de saúde. Várias interferências foram feitas pelo Ministério Público buscando uma solução. Até que melhorou, mas o setor pediátrico ainda requer sérios cuidados.

E a segurança púbica, como anda? Parece mais a cantiga do peru, de pior a pior. São bandidos agindo em plena luz do dia, sem a mínima preocupação de ser identificado e preso. Parece até que os bandidos têm a certeza que não serão presos e cometem os mais diversos crimes.

E para piorar ainda mais, os mortos não têm mais como serem levados para o Instituto Médico Legal. Os rabecões do órgão, parece que num total de 5, estão todos quebrados. Além da dor da morte, as famílias ainda têm que passar por este constrangimento. O corpo de um  marchante que foi assassinado na feira do conjunto Orlando Dantas, no último domingo, ficou estendido no asfalto por mais de cinco horas e só foi removido para o IML porque uma ambulância, que deveria conduzir doentes para o hospital, levou o corpo para o órgão de medicina legal.

Mas ontem caso fosse preciso remover algum corpo, e olhe que teve, pois outros crimes foram cometidos na segunda-feira, essa ambulância não pôde fazer a remoção porque quebrou também. Infelizmente, não temos saúde pública, não temos educação, não temos segurança em nosso Estado e agora não se pode, ninguém quer, mais morrer. O corpo pode ficar estendido lá no chão por horas sem fim. Estamos mesmo no fundo do poço.

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