quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Único culpado

A reportagem veiculada no programa Fantástico, da rede Globo, a respeito da caótica situação em que se encontram as ambulâncias do Samu em Sergipe e outros Estados continua servindo de pano de fundo para críticas, cobranças e vociferações diversas por parte de políticos que fazem oposição à prefeitura de Aracaju e ao governo estadual. Sem querer tapar o sol com peneira, deve ser ressaltado que a maioria dos cidadãos e cidadãs que assistiu a reportagem também se sentiu perplexa e indignada diante de tanto descalabro.

Nada a contestar tais criticas e sentimentos, mas é preciso dizer que essa, repetimos, situação caótica das ambulâncias não se resume apenas a Aracaju e Sergipe. É uma tragédia nacional e não há um só Estado que possa se envaidecer de ter suas ambulâncias atendendo a população com esmero, presteza e celeridade. Nesse caso específico, estão todos no mesmo macabro balaio.


Como todos sabem, a falência do sistema de saúde pública é um horripilante fenômeno que castiga, maltrata e humilha aqueles que não têm dinheiro para procurar um hospital particular ou para pagar um plano de saúde. Hospitais lotados com pacientes amontoados em corredores, falta de remédios, de equipamentos hospitalares, de médicos, de enfermeiras e...de ambulâncias.


Queiram ou não os “fãs de carteirinha” do ex-presidente Lula da Silva, essa aberração que se verifica na saúde pública em todos os quadrantes do país é resultado do desleixo e do descaso para com o setor que permearam durante os oito anos do governo do senhor Luis Inácio. A bem da verdade, no quesito “saúde pública” o governo Lula somente se destacou pelo desvio irresponsável do dinheiro da famigerada CPMF e nada mais. Deu no que deu.


É, portanto, justo afirmar que Sergipe (e sua capital) estão lamentavelmente inseridos no contexto nacional quanto à deficiência na prestação dos serviços de saúde. Teria o governador Marcelo Déda e o prefeito Edvaldo Nogueira culpa exclusiva por tudo isso? É óbvio que não. Eles fazem o que podem. A exemplo de outros governadores e prefeitos, ambos estão “no mato sem cachorro” porque vivenciam um quadro nefasto que se espalhou pelo Brasil sob o comando do governo de oito anos do ex-presidente Lula. E não só na saúde, mas também na educação, na segurança pública, na habitação e obras estruturantes.


Sim, ele mesmo – o senhor Lula da Silva - que foi considerado o “melhor presidente” por uma multidão de pessoas que, no embalo do crescimento econômico mundial que resvalou no Brasil entre 2004 e 2009, conseguiu comprar uma televisão nova, trocou a geladeira ou comprou um carro popular em 60 suaves prestações, além daqueles que recebem o Bolsa Família. Agora, essa turma está vendo o que foi feito ao país enquanto eles assistiam TV, bebiam água gelada ou davam umas voltas de carro novo por aí.
    

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