sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PM: Concurso para quê? Para ficarem à disposição?


O blog não é contra a realização de concurso para a Polícia Militar. Mas, pelo jeito não existe Vontade Política por parte do governador Marcelo Déda, para resolver o problema do déficit de policiais no policiamento ostensivo. Se tivesse, pelo menos 500 PM`s poderiam retornar as ruas de Sergipe apenas com uma canetada do governador.
A Assembleia Legislativa, mesmo com um contrato com uma empresa privada tem hoje 16 PM`s. O TC que é um órgão auxiliar da AL, tem 19 policiais militares. Não poderiam colocar segurança privada? Basta a caneta do governador funcionar. Déda prefere o desgaste perante a população a contrariar seus pupilos políticos em todos os sentidos. Cerca de 500 policiais militares retornando ao policiamento ostensivo seria uma decisão de governo.
No início do primeiro governo ele chegou a ensaiar medidas para que os policiais militares retornassem as ruas, mas ficou no discurso. Tem policial militar que não sabe nem mesmo qual é a cor da farda da polícia. Outros se tiverem que vestir a farda, vão passar por vexame. O governo prometeu mudanças na área e não fez.
Se o governador não tiver Vontade política não adianta fazer concurso. Por exemplo, abre concurso para 500 vagas na PM e depois do estágio probatório, um bom percentual estará à disposição de órgãos públicos, poderes e até mesmo políticos. Aliás, antes mesmo de dois anos, quem tiver padrinho forte não vai para as ruas e ficará no serviço administrativo.
Se uma das desculpas para o problema da segurança pública é falta de efetivo para o policiamento ostensivo, o governador deve assumir não só sua responsabilidade, mas também sua culpa. Todos os meses policiais militares são colocados à disposição. Um bom exemplo foi o caso do governo interino da deputada Angélica Guimarães cuja principal ação foi atender ao pedido dela mesmo (como pres. da AL) e ceder quatro PM`S para o Legislativo.  E até os deputados de oposição que cobram segurança vestiram o manto do corporativismo.
Da situação a oposição, todos cobram mas não fazem nada para reverter a atual realidade. Ninguém cobra o retorno de centenas de policiais à disposição de muita gente para as ruas.
É a politicagem colocada à frente dos interesses da sociedade. Lamentável.
O blog tem também relatos de um fator  que contribui para a inércia no atendimento a sociedade:  A constante humilhação dos superiores com os subordinados, causando na base (soldados e cabos) revolta e indisposição ao trabalho.
Faça uma pesquisa governador - O problema é sério, se for realizada uma pesquisa na Instituição Polícia Militar os dados serão impressionantes no tocante à motivação e comprometimento com o serviço. A grande maioria dos policiais relata que não contribuem de forma satisfatória com o serviço, com medo de se envolverem em situações onde os oficiais serão os responsáveis pela apuração da conduta dos militares.
Como os abnegados dizem “É só pau no lombo”. É só verificar quantos policiais respondem procedimentos na 6ª Vara Criminal. Tem muito pai de família no Presídio Militar recluso, sendo que o cumprimento da pena, nos casos de crime de menor potencial ofensivo poderia ser realizado de outra forma. Não tem como motivar o policial ao trabalho, mesmo pagando uma fortuna.
E como bem relator um soldado para o titular deste espaço: “A maior valorização para um profissional não é apenas bons salários, mas principalmente a DIGNIDADE DO HOMEM, é muita humilhação nos quartéis”.

por infonet.com.br/claudionunes

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