Parada Gay anima a capital paulista neste domingo

Neste domingo (26), quem não deixou São Paulo para curtir o feriado de Corpus Christi pode se juntar à multidão que estará na Avenida Paulista desfilando na 15ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Ao todo, 16 trios elétricos vão animar o público, estimado em 3 milhões de pessoas. A concentração é ao meio-dia, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Às 13h30, o convite é para uma valsa coletiva. Os DJs dos trios elétricos vão tocar a versão remixada do clássico “Danúbio Azul” e a organização da festa pede que cada um dance com a pessoa que está ao lado. Além de celebrar os 15 anos da festa, uma das maiores e mais importantes do calendário paulistano, o objetivo é colocar ao ar livre o maior número de casais dançando. E quem sabe assim entrar para o livro dos recordes, quebrando o recorde das 1.500 duplas que dançaram em uma praça da Bósnia.

O desfile entra pela Rua da Consolação e termina na Praça Roosevelt, na região central de São Paulo. Esse ano, o tema da Parada é “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!”. Para evitar confusões, a Polícia Militar colocará na região 1.500 policiais – foram 800 no ano passado. Além disso, Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), responsável por organizar a festa, contratou 400 seguranças particulares.

 

Diversidade

 
A Parada Gay atrai gente de todas as idades e lugares, adultos, idosos e até crianças. Nos dias que antecedem o evento, São Paulo se enche de turistas brasileiros e estrangeiros. No início do mês, a São Paulo Turismo (SPTuris) traçou o perfil dos cerca de 400 mil turistas que participaram do desfile em 2010.

O estudo realizado pelo Observatório do Turismo, núcleo da SPTuris, mostrou que 60,7% desses visitantes eram homens e 48% tinham entre 18 e 24 anos. Eles vieram, principalmente, do interior e litoral de São Paulo, além de Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre os estrangeiros, os principais países de origem eram Estados Unidos, Uruguai, Inglaterra e França. Os motivos relatados para a viagem foram diversão, curiosidade, militância e prestígio. Entre os turistas, 43,7% possuíam o ensino médio completo e 39,1% eram assalariados.