Na sessão da Assembleia Legislativa, desta quarta-feira, dia 15, cujo foco da maioria dos deputados aliados do governo do Estado, representados pelo seu líder, o deputado Francisco Gualberto (PT), foi o Sintese, a deputada Ana Lúcia (PT), ligada à entidade, surpreendeu ao fazer um desabafo, em tom de desafio, sobre a sua situação, hoje, no Partido dos Trabalhadores.
"Vamos para a disputa. Agora, quero dizer que, se com essa articulação combinada com o governador, existir alguma intenção de me isolar no Partido dos Trabalhadores ou de me expulsar, pode me colocar claramente. Porque eu não tenho nenhuma razão para ser expulsa do PT. Eu tenho muita história e muito chão", desabafou, deixando transparecer que Gualberto não agiria sem o aval do governador Marcelo Déda.
Feito na tribuna da Casa, o discurso da deputada Ana Lúcia teve como motivação pronunciamentos inflamados, feitos também na sessão de hoje, pelos demais membros da bancada governista em reação aos protestos do Sintese - que, simbolicamente, no dia de ontem, queimou publicamente os deputados que votaram favorável ao Projeto de Lei do Executivo, que concedeu aumento aos professores, mas não atendeu à risca o pleito do sindicato.
Num clima de muita revolta, até a presidente da Casa, Angélica Guimarães (PSC), que sequer votou, já que presidente só tem obrigação de votar em caso de empate, foi alvo do Sintese. "Nenhum sindicato depende, ou tem que estar na subserviência de ninguém. Estamos em um regime democrático, e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação não teme os deputados", declarou Ana Lúcia.
A parlamentar avalia que as faces do PT precisam ser, na verdade, uma só, com as suas diferenças internas, mas com a sua matriz intacta. "Quando a esquerda diz que não pode mais dialogar entre si, então cada agrupamento de esquerda vai ter que ocupar seu espaço", finalizou a deputada.
Da redação Universo Político.com
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