quarta-feira, 12 de maio de 2010

DEPUTADOS PARTEM PRA BRIGA NA ASSEMBLÉIA


Uma das páginas mais infelizes da história da Assembleia Legislativa de Sergipe foi escrita na manhã desta quarta-feira, dia 12, quando os deputados Francisco Gualberto e Rogério Carvalho (ambos do PT), visivelmente desequilibrados, partiram para cima do também deputado Augusto Bezerra (DEM), depois que o democrata denunciou o que definiu como corrupção no governo do PT. "Eu estava no meu lugar. Primeiro veio o deputado Francisco Gualberto com agressividade e palavras de baixo calão, e depois chegou o deputado Rogério Carvalho. Nunca vi isso antes", garantiu o parlamentar ao portal Universo Político.com.


Por conta da baixaria, que foi exibida aos olhos de servidores do Poder Judiciário que foram a Casa em busca de apoio dos deputados, a sessão precisou ser interrompida. Jornalistas e demais pessoas que assistiram a tudo não tiveram dúvidas: se não fosse a intervenção do deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), que ficou entre Augusto e os petistas, as agressões poderiam se estender ao campo físico.

"A sociedade não merece isso. Mas não posso receber grito de ninguém. Rogério desconhece o regimento da Casa. Quer tratar as pessoas como se estivesse em seu gabinete de secretário. Como ele fazia dando murro na mesa e gritando com todos. Aqui não. É falta de decoro. É esse o PT que falou mal de todo mundo, mas não dá exemplo a ninguém", disse Augusto.

Segundo Augusto Bezerra, o ex-deputado estadual e atual vice-governador, Belivaldo Chagas (PSB), foi o opositor mais ferrenho ao governo João Alves que ele, Augusto, precisou enfrentar.

"E o enfrentei aqui várias vezes. Mas é um homem fino e preparado. Nunca teve este tipo de coisa. Peço desculpas às pessoas por este dia triste, mas não pude fazer nada. Estava em meu lugar", disse o deputado Augusto Bezerra. "Para ser deputado é preciso estudar o regimento da Casa, saber se comportar e, pelo comportamento, eles não levam isso a sério", lamentou.

Augusto Bezerra explicou a reação dos deputados do PT alegando que eles não estão preparados para o debate político, e que perderam o equilíbrio pelo fato dele, Augusto, ter denunciado que o governo Marcelo Déda usa o dinheiro público para sustentar ex-prefeitos, que trabalham como verdadeiros cabos eleitorais do PT.

"Denunciei pela manhã, no rádio, que Souza, ex-prefeito de Areia Branca, ganha cerca de R$ 15 mil, entre a Casa Civil e os conselhos, mas não trabalha. Fica pedindo voto. Fui à Casa Civil, hoje, e os funcionários não o conhece. Também não achei secretário e nem secretário adjunto por lá. Pediram-me um ofício para saber quem é Souza. Imagine como este rapaz trabalha? Então, denuncie isso na tribuna. Fui agredido porque denunciei corrupção", disse o parlamentar, lembrando que foi eleito na oposição para fiscalizar o dinheiro público. "A Justiça Eleitoral vai agir".


Da redação Universo Político.com

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